sábado, 30 de abril de 2011

Vida no interior...



Essa foto é antiga... É um amanhecer em Coronel Vivida, cidade onde moram os meus pais...

Vim para Coronel esse final de semana para o casamento de uma das minhas amigas, hoje acordei cedo e pude relembrar o que era acordar e dar de cara com esse lindo amanhecer, com os pinheiros lá ao fundo e a cidade ainda iluminada! Senti um pouco de nostalgia, porque em Curitiba geralmente amanhece nublado, o sol não costuma dar muito as caras por lá...

Às vezes a gente olha o mundo a nossa volta com olhos cansados e deixa de perceber a beleza das coisas simples que nos cercam e que fazem toda a diferença...

Só quando acordei hoje e dei de cara com aquele espetáculo da natureza que me dei conta do quanto isso faz falta e isso é o que não podemos deixar acontecer, nos acostumar com o que está a nossa volta, nos acostumar com os dias sem sol, achar normal sair do trabalho a noite e pensar que isso é normal...

Por sorte todos os dias a natureza nos brinda com esse tipo de espetáculo, para que, mesmo de vez em quando a gente sinta essa sensação de maravilhado!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

O que dizem as sombras (By Daniele Melek Carneiro)


Há alguns dias em uma noite qualquer tive a idéia de ir ao Barigui fazer umas fotografias e escrever a respeito, compartilhei a idéia com a Dani e ela topou na hora, dias depois do domingo no parque a Dani teve a idéia de escrevermos, cada uma em seu blog sobre as mesmas fotografias, uma delas que tiramos naquele domingo e as outras duas que eu já tinha em meu celular...
Seriam as mesmas fotos sobre dois olhares diferentes, abaixo segue o post da Dani!!!
Espero que gostem tanto quando eu amei essa idéia! Adoro a forma que ela escreve e tenho certeza que irão gostar também!
http://daniguxa.blogspot.com

O que dizem as sombras

Essas imagens foram tiradas pela minha amiga Rafa, e em um desses três momentos eu estava presente, numa tarde de domingo ensolarada. (Ah esse sol! que me faz tanta falta nesses dias de frio como hoje)
Olhando para elas, várias coisas se passam em minha mente, e com certeza em sua também:


A beleza do parque Barigui, o espetáculo que a água proporciona em contato com o Sol (luz), o verde que chega parecer um tapete ah... Meu ar até parece mais puro só de olhar . Ao mesmo tempo há o constraste entre natureza e cidade grande, o reflexo dos prédios na água e que os torna muito próximo do verde, me leva a pensar que algumas pessoas nem passam mais por esse habitat , já estão sufocadas pelo corre-corre da vida urbana, pelas fumaças dos automóveis e indústrias e se esquecem da tranquilidade que as árvores podem causar, da suavidade de substituir sons estridentes e incomodativos das ruas movimentadas, pelo barulho das folhas com o vento, pelo cheiro de terra molhada, pelos cantos dos passarinhos, pelo encanto de ver velhinhos de mãos dadas, crianças correndo, cachorros divertindo seus donos, casais namorando, se exercitando, praticando esportes... são tantos momentos que nos dão uma paz e nos fazem esquecer todos os problemas e tumúltuos do dia-a-dia, esses que nos distaciam das coisas boas da vida e nem se quer percebemos.
Em contrapartida, eu vejo essas imagens e me lembro das pessoas que vivem da sombra dos outros, e também daquelas que não são o que parecem ser. Diariamente vejo situações com as quais me indgno muito. Por que não acredito que pessoas conseguem se aproveitar de bem feitorias de outras para se beneficiar , para ganhar proveito, e o mundo está "cheinho" dessas, não é possível que eu seja tão santa assim, falou a boa samaritana agora né? mas preso pela minha opinião, desfruto dos meus méritos, e não vou me sentir mal de ser prejudicada por dizer aquilo que penso mesmo que não agrade.
O meu reflexo, a minha sombra nessa água, será exatamente o que eu sou, mesmo que não tenha muitos fãs, isso todos podem ter certeza.
Até que enfim postei! rs
Beijos

terça-feira, 26 de abril de 2011

Parque Barigui e seus encantos!


O Parque Barigui é um dos meus lugares favoritos em Curitiba, adoro passar as tardes de domingo por lá, seja pedalando, seja com os amigos pra tomar um tererê nas tardes de verão, seja apenas para sentar na grama sentir o sol na pele enquanto vejo a vida passar...
Adoro sentar na grama e observar as pessoas, os comportamentos, as crianças que por lá ainda pulam elástico, empinam pipa, os pais que levam seus filhos para brincar de volei ou futebol, as pessoas de idade mais avançada fazendo exercícios físicos, os pais que pedalam com seus filhos pequeninos de carona em suas bikes, adoro observar a diversidade... desde os atletas que correm por lá todos os dias até as senhoritas que vão ao parque de salto alto! Viva a diversidade!!! Adoro isso!

Mas o Barigui é muito mais que uma tarde de domingo ensolarado... O legal é ver o por do sol no final do dia e ter aquela sensação de um dia bem aproveitado!
E há ainda aquelas noites em que vou pra lá de carro, fico ouvindo música olhando para aquele lago onde as luzes são refletidas e fico pensando na vida ou pensando em nada, saio de lá revonada e com uma paz de espírito que poucos lugares me proporcionam...

Mas uma vez acho que tudo depende do ponto de vista... Eu adoro o Barigui das manhãs de inverno, com a grama congelada, dos banhos de chuva em meio a uma caminhada, da RIC TV me entrevistando porque eu tomo tererê no parque, adoro o Barigui vazio, adoro ele lotado de gente... Algumas pessoas vão à praia, Curitibanos vão ao parque... e sou muito mais os Curitibanos que vão ao parque!!!!!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Hecho en Buenos Aires


Neste final de semana se foram 3 meses da viagem à Buenos Aires, Montevideo e Punta del Este... Eu, minha irmã e dois amigos...
Várias vezes pensei no que eu poderia escrever a respeito da viagem... Mas é claro que eu não poderia fazer como todo turista que escreve dos pontos turísticos, dos lugares para comer, isso não combina comigo...
Então resolvi escrever a respeito de frio na barriga ao andar de avião pela primeira vez, da sensação de ver as nuvens de pertinho, tendo a impressão que eu poderia tocá-las. Resolvi falar que em uma única viagem, usei 4 meios de transporte pela primeira vez na minha vida... Avião, trem, metrô e barco (Buquebus, ah! Em Coronel Vivida não tem essas coisas... E metrô e barco não tem nem aqui em Curitiba...
Foi a primeira vez em que pude medir o quanto sei de um dos idiomas que falo e vi que até que não me sai tão mal em español, tirando o problema com o nome das comidas o resto foi tudo bem!
Mas assistir Desperate Housewives com legenda em español era cômico! E assistir o Bob Esponja então... sem comentários!
Buenos Aires é maravilhosa, bem eu achei... Me encantava com cada lugar que visitava e ficou a vontade de voltar novamente no inverno, porque sensação térmica de 43,8 graus não foi fácil!
Mas a companhia era boa e a viagem foi bem aproveitada! Valeu a pena cada segundo!
E como eu adoro músicas em espanhol não poderia deixar de postar mais uma aqui! Essa foi uma das músicas que embalaram nossa estadia em BUA, "Hecho en Buenos Aires"... apesar de nas lojas tocar o sucesso sertanejo "Chora, me liga" preferia as novidades da música Argentina.


Hecho en Buenos Aires

Intérprete: Bersuit Vergarabat

Juntos de la mano
por el parque vamos,
todos nos miran pasar...
¿acaso tengamos
monos en la cara?
¿o algo que les gusta más?...
No me digan nada,
que la vida es rara
y hoy vamos a improvisar...
En lo establecido
¡hay tanta pavada!
¡no queremos ni pensar!...
Juntos de la mano,
como tres enanos
en la tarde celestial.
Pasa un heladero y una mariposa
posa sobre el delantal...
Vemos la barranca
y nos vienen ganas
de dejarnos arrastrar...
Parecemos nenes,
tan despreocupados,
dedicados a jugar...
Cómo recuerda este abrazo
a una fogata invernal,
con los compinches del barrio
apantallando el amor y el fuego,
para avivar este candor
y así apagar el dolor
y transitar otro carril:
curioso, libre y feliz...
Hecho en Buenos Aires
amor, pura sangre,
somos mucho más que dos...
donde hubo fuego
ahora se oyen risas,
si es delito este fragor.

Como es tripartito,
sobra el apetito,
nos queremos de verdad...
No traigan más panes
que hay muy buenas tortas
¡y se dejan devorar...!
Cómo recuerda este abrazo
a una fogata invernal,
con los compinches del barrio
apantallando el amor y el fuego,
para avivar este candor
y así apagar el dolor,
y transitar otro carril:
curioso, libre y feliz...

A mente imagina, o coração sofre...

E o que dizer das noites frias, dos pés solitários a procura daqueles quentes que um dia os aqueceram...
Que dizer dessa saudade inquietante, do coração que delira mediante um simples oi perdido no tempo e no espaço.
É fácil tê-lo longe, mas perco o rumo quando estas perto.
Queria dizer Adeus! E às vezes queria dizer: preciso vê-lo uma vez mais, preciso que escutes tudo o que grita o meu coração, preciso voltar a ter paz.
Não posso aceitar que o universo tenha conspirado a favor e que agora façamos de conta que nada aconteceu.
Tudo muda quando estas longe e consigo viver uma plenitude talvez vazia, evasiva. Se te vejo aproximando-se o vazio torna-se dúvidas e calafrios.
Quero sentir o calor de seus braços pela última vez, te amar como da primeira, ter a certeza de que será pra sempre ou pra nunca mais!
Tentei esquecê-lo nos rostos perdidos em meio a multidão, mas ainda assim tinha o seu olhar fixo em minha mente, como tatuagem que o tempo não apaga.
E o que fazer agora se me cerco de dúvidas e incertezas, sem saber para onde quero ir, sem saber para onde você irá... Sem saber se nossos destinos irão novamente se encontrar...

Cambia todo cambia


Como já dizia a canção de Mercedes Sosa "Cambia, todo cambia... Y así como todo cambia, que yo cambie no es extraño"...
Feriado serviu para pensar a respeito de algumas coisas, daquelas que eu quero, das que não quero...
Serviu para que sentimentos voltassem a tona, para que outros fossem embora...
Serviu para decidir qual é o melhor lugar para estar nesse momento...
Serviu para sentar na varanda e ver a vida passar, comer os pinhões sapecados na chapa do fogão a lenha, tomar mate doce e conversar por horas com minha irmã. Essa é a vida no interior onde os dias parecem passar lentamente...
Serviu para ver que companhias que antes eram tão desagradáveis tornaram-se agradáveis e consegui ser gentil sem nenhum esforço, tenho o terrível defeito de não gostar das pessoas que destoam muito da minha personalidade... Mas estou tentando mudar isso!
Percebi que as conversas entre mim e minha irmã tornaram-se adultas demais e isso foi um pouco assustador!
Percebi que eu e minha irmã não temos mais nada em comum com nossas primas, os assuntos não fluem mais e ai vem o fato das escolhas que fazemos, nós decidimos estudar, elas decidiram ser esposas, talvez elas sejam mais felizes... não sei... mas tenho a certeza de que a vida que elas levam não me serviria, eu seria infeliz!
Depois dessa viagem algumas coisas mudaram dentro de mim, algumas certezas se consolidaram, algumas dúvidas me fizeram perder o sono...
Mas a vida segue adiante, o mundo não para até que nosso coração se aquiete e sim “muda, tudo muda e assim como tudo muda, que eu também mude não é estranho”.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Filosofando...


Ainda há muitas coisas que preciso aprender, ainda há muitas coisas que preciso entender... Ainda há muitas pessoas que devo conhecer...
Viver é algo incrivelmente mágico, onde a cada dia nos é dada uma nova chance de começarmos do zero e aprender mais, entender menos, é entender menos e conhecer mais... Conhecer as pessoas a nossa volta, conhecer a nós mesmos, conhecer com audácia o desconhecido.
Ainda não fiz a faculdade de jornalismo que gostaria, ainda não fiz o curso de fotografia e nem sai pelo mundo fotografando e escrevendo a respeito do que cada fotografia e cada momento representou em minha vida!
Por outro lado, tenho fotografado em minha mente o rosto e o olhar de cada pessoa que amo ou amei em minha vida. Ainda posso dizer aos meus pais e a minha irmã todos os dias o quanto os amo e o quão importante eles são em minha vida. Ainda posso abraçar meus melhores amigos e dizer que os amo verdadeiramente como irmãos que escolhi ter ao meu lado!
Ainda não amei alguém a ponto de me casar e pensar em passar o resto de minha vida ao lado dele... Mas já me apaixonei mais de uma vez e aproveitei cada paixão da exata maneira que deveria aproveitar, sem medo de me machucar!
Ainda não assisti a um show da Laura Pausini em Milão, mas já ouvi Laura em todos os momentos da minha vida, quando pensei estar apaixonada, quando estava triste, ao lado de minha melhor amiga, nas tarde de inverno e nos dias de sol e calor e sei que as pessoas que me conhecem verdadeiramente ao escutarem Laura, lembram de mim!
Já me senti triste e recebi um e-mail de minha melhor amiga perguntando como eu estava porque ela não parava de pensar em mim! Já fiquei dias sem falar com um dos meus melhores amigos e ao pensar em escrever pra ele me deparei com um e-mail dele em minha caixa de entrada, acho que isso é o que chamam de sintonia, mas pra mim é mágica!
Já prostrei-me diante de Deus para pedir, já chorei diante dele, hoje apenas agradeço pelas bênçãos que recebo todos os dias de Suas mãos, porque tenho tudo na medida exata para ser feliz...

As pessoas que conhecemos pelo caminho...


Durante toda a nossa vida vamos encontrando e deixando pessoas pelo caminho... Algumas seguem ao nosso lado por um período de tempo muito pequeno, outras permanecem um pouco mais e poucas são aquelas que permanecem por toda uma vida!
Esse mês se casa mais uma das minhas amigas... A Gra, eu a conheci na terceira série do primário e eu lembro exatamente o dia que a conheci, que a vi pela primeira vez! E então começamos a freqüentar a casa uma da outra... Depois nos afastamos por um tempo, por tomarmos rumos diferentes, na adolescência voltamos a nos falar depois de um sonho que tive com ela. Eu acompanhei todo o início da história do Matheus e da Gra, quando eles tinham 14 anos e ainda namoravam as escondidas... Idas e voltas depois eles ficaram noivos e vão se casar! Eu não moro mais na mesma cidade que a Gra, nos vemos muito pouco e quase não nos falamos devido à distância e a vida corrida que levamos em mundos, hoje, completamente diferentes...
E daqui uns dias eu a verei entrar vestida de noiva na Igreja Matriz na cidade onde moramos tanto tempo e tenho certeza que lembrarei da pequena Gra que conheci aos 9 anos e irá passar em minha cabeça todo um filme, com as cenas que vivemos juntas!
Não tenho acompanhado muita a vida dela nos últimos anos, mas tenho a certeza de que ela é uma das pessoas que permaneceu ou permanecerá por mais tempo em minha vida!
Acho que todas as pessoas que passam pela nossa vida, passam com um propósito, da mesma forma que acredito entrarmos na vida das pessoas com alguma missão...
Algumas chegam apenas para nos abrir os olhos e nos fazer enxergar nossos defeitos, algumas entram para nos proteger, outras para trazer alegria aos nossos dias, outras para nos ensinar o que é o amor, outras para nos ensinar o dom da paciência.
Algumas passam um breve período de tempo ao nosso lado, mas conseguem nos transformar completamente. Outras permanecem por mais tempo porque precisamos apenas saber que podemos contar com elas quando precisar...
Algumas permanecem até o fechamento de um ciclo em nossa vida, algumas ficam apenas uma estação e há ainda àquelas que aparecem de tempos em tempos...
Há aquelas que estão longe e as temos tão presente quanto aquelas que estão ao nosso lado todos os dias!
Então não posso deixar de pensar que há uma razão mágica e maior para cada pessoa passar por nossa vida, deixando, um pouquinho de seu sorriso, uma parte de seu coração, deixando um pouco de suas palavras doces, deixando seus sábios conselhos... Nada nesta vida é por acaso e uma pessoa só entra em nossa vida no momento em que ela sabe, ou não, que está entrando para fazer a diferença. Ninguém entra em nossa vida sem deixar ou levar algo de nós, essa é a mágica das amizades!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Falando de amor


No post anterior eu falava que às vezes precisamos dar chance ao amor e que às vezes ele está ao nosso lado e não conseguimos enxergá-lo porque nem sempre ele possui as formas ou cores que gostaríamos que ele tivesse.
O amor é o mais nobre dos sentimentos: é calmaria, é lealdade, carinho e dedicação.
Não há formula mágica para que ele aconteça...
O amor pode nascer de uma brincadeira onde não se espera nada em troca e quando acontece é mágico!
O amor pode nascer da conquista diária durante um longo período de tempo ou o amor pode nascer de uma simples troca de olhares.
O amor é aquele sorriso bobo que carregamos no rosto como sinônimo de felicidade.
O amor é o nosso porto seguro, para onde voltamos no final de cada dia e encontramos paz e alento.
Amor é se ver refletido nos olhos de outrem, é brilho no olhar!
São beijos trocados todos os dias como se fosse o primeiro e o último.
O amor é quando você consegue imaginar o resto dos dias de sua vida ao lado daquela pessoa, acordando todos os dias ao lado dela e pensar que sua vida não faria o menor sentido se ele/a não estivesse lá.
O amor é simples assim... se não fosse assim... não seria amor!

domingo, 10 de abril de 2011

CARPE DIEM


Bem... Um dia certo alguém falou "Carpe Diem" (em Latim) que significa "colha o dia" ou "aproveite o momento". E é exatamente assim que tenho tentado viver cada dia, colhendo o que há de bom e aproveitando os momentos...
Há o lado bom de aproveitar a vida ao máximo e ter momentos inesquecíveis e há também o risco de ter uma "ressaca moral", que segundo o que dizem por ai, é aquela que sofremos após nos embriagar em mares que não condiz com nossa ética ou conduta de costume!
Bem... a semana que passou foi pesada, começou bem, ficou difícil, passou pela euforia, pela ressaca moral, saudades e uma mistura enorme de sentimentos, no final tudo terminou inesperadamente bem!
Às vezes deixamos de falar tudo que pensamos ou tudo que queríamos às pessoas e vamos acumulando uma tralha emocional grande, de vez em quando é preciso colocar as cartas na mesa e lavar a roupa suja, mexer na ferida pode ser dolorido, mas só depois de limparmos bem o ferimento é que ele começará a cicatrizar... Ficará ainda um sinal do que houve, mas vai parar de doer.
Às vezes precisamos dar uma chance às pessoas, precisamos entender que brincadeiras possuem um fundo de verdade e se não tivermos a sensibilidade de percebê-las vamos deixar de viver momentos mágicos ao lado de pessoas que achamos que conhecemos, mas que na verdade não buscamos conhece-las em sua essência...
Às vezes precisamos nos aproximar de pessoas de alegria contagiante e nos afastar um pouco das pessoas problemáticas. Às vezes é necessário dizer não e algumas é necessário dizer sim!
Às vezes precisamos lembrar da diferença entre fazer sexo e fazer amor... Às vezes precisamos dar chance ao amor e às vezes ele está ao nosso lado e não conseguimos enxergá-lo porque nem sempre ele possui as formas que gostaríamos que tivesse.
Então "Carpe Diem" de forma que os frutos colhidos sejam positivos... Sem feridas abertas, sem ressaca moral, mas com a certeza de que o momento foi aproveitado exatamente da maneira que deveria, trazendo alegria à alma e paz ao coração.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Complexo demais!

Ele percorre um mundo desconhecido, com idéias soltas na cabeça, a brisa suave no rosto, o cansaço de dias exaustivos, buscando no caminho suas respostas...
Ela percorre um mundo desconhecido, com idéias soltas na cabeça, com as risadas soltas chegando aos seus ouvidos, o cansaço exaustivo de dias bem vividos, buscando pelo caminho suas respostas...
Ele ouve apenas o vento soprar e o barulho das pedras rolando pelo caminho!
Ela ouve Norah Jones na madrugada e ora por ele todas as noites!
Ele acha que ela não está junto nessa caminhada!
Ela o acompanha todos os dias, em silêncio, sem que ele saiba...
Ele percorre quilômetros para encontrar-se com si mesmo!
Ela encontra o desconhecido, o inusitado, a alegria, a empolgação e os pensamentos mais insanos...
Ele pretende mudar de vida quando terminar seu percurso.
Ela mudou de vida no meio do percurso!
Ele espera encontrá-la sentada no aeroporto esperando-o com um sorriso singelo!
Ela espera o inesperado porque não sabe o que ele encontrou ou deixou pelo caminho...
Ele está preso às coisas exatas de uma vida perfeita onde cada coisa possui o seu lugar e ela vive em um mundo onde a graça está em encontrar as coisas cada dia em um lugar diferente...
Ele experimentou o limite de sua força física e espiritual...
Ela encontrou a força espiritual que precisava para seguir a diante, sem medo de errar, deixando apenas o sol da manhã ser refletido em seus olhos...
Ela não conseguiria viver no mundo perfeito dele, sendo a pessoa perfeita que ele gostaria que ela fosse...
Ele não conseguiria viver os dias agitados e inusitados dela e seu jeito moleca o perturba...
Eles se encontraram pelo caminho, no momento exato em que suas idades interiores se encontraram, mas eles seguiram caminhos opostos porque não existia uma trilha comum aos dois...
Talvez seja isso que os malucos chamam de universo paralelo... Não sei... complexo demais para se entender!

terça-feira, 5 de abril de 2011

Mais uma história de amor (totalmente insana)


Bem... Pra quem acompanha meu blog, Rafa filosófica não sabe do passado meu e da minha amiga Tina e todos os textos insanos que escrevíamos em tardes em que o sono tomava conta do "Quadrado Verde" era o nome fictício que davamos ao lugar onde trabalhávamos juntas e que deu origem ao livro "A Guerra Nuclear contra as Pálpebras Pesadas" que teve direito a pré lançamento e noite de autográfos...
O texto abaixo, não faz parte do livro,mas é antigo, de julho de 2009, o encontrei perdido nos meus antigos e-mails. Ele foi criado a partir da junção de vários nomes e palavras que eu achava totalmente incomum e ai surgiu a linda história de amor, que vocês poderão ler abaixo.
Então leiam e deixem a imaginação fluir... (isso é importante)

Aretusa era a menina cabrocha da vida de Wandeniz, mas eles ainda não se conheciam. Essa é a segunda parte da história...

Aretusa era nascida em uma familia de muitos irmãos, os filhos de seu Tranquilino e dona Esmeralda, que se apaixonaram ao disparo das frases: “tudo tranquilo seu Tranquilino, sim tudo joia dona Esmeralda. O filhos do casal tinham nomes nada convencionais. A prole começou com Anderlin menino macho, depois a pequena Ureo irmã gêmea da também pequena Shanthal, depois vieram Max Suel, Cidalia e Fayana. Todos os partos assistidos por tia Zelenita esposa de seu Gumercindo, primo irmão de seu Públio. Aretusa foi a última dos sete anões, digo irmãos.

Aretusa crescia em graça e sabedoria. Na adolescência se apaixonara por Wenilton filho de seu Felismino, o romance não vingou, porque o garoto não lhe apeteceu, seus problemas de diverticulute passaram a incomoda-la, o pobre do moço de coração escangalhado comeu um tomate e foi morto pelo entupimento dos divertículos, que vida severina! Triste fim de Policarpo Quaresma.
Foi então que as lamparinas do juízo dela se acenderam e decidiu nunca mais se apaixonar.... Mal sabia as surpresas que o destino lhe reservava.

Wandeniz era marujo dos mil mares. Já havia estado a bordo do MOL DEVOTION, MOL DESTINATION, MOL DESTINY, MOL DOMINANCE, MOL DEDICATION, MOL DELIGHT, mas foi no coração de Aretusa que ele decidiu atracar seu navio, digo seu coração!

Certo dia Aretusa passava suas férias em Vitória, Wenilton esperava a previsão sua partida... ela vinha cabelos ao vento, cara de sereia, corpo de baleia, e deixou sua canga voar ao vento, como gaivota no ar, tamanha era sua sedução. Wandeniz, velho marujo sente-se apopléctico (bobo) naquele momento, entrega a canga amarela com desenho das folhas de bananeira a sua amada, ele pode perceber os calafrios de Aretusa, ela sente-se vertiginosa, ele dispara: Por obzequio, qual a sua graça?

Aretusa, Tusa para mais íntimos. A radiola ao fundo, na barraquinha de milho verde toca: “Nega do cabelo duro, que não gosta de pentear...”, um velho gordo e barrigudo toma uma cerveja logo cedo, pra curar a ressaca, enquanto sua esposa come uma coxa de galinha. Cenário perfeito para um romance encandiocarse, sairiam eles incólumes (são e salvos) desta história?

O moço responde me chamo Wandeniz, Wande para os íntimos e foi assim que tudo começou, logo chegou a hora de Tusa colher mais uma flor no jardim da primavera e entrar para a dificulidade. Decidiu-se por química e seus hexametafosfatos, butilenos e outros mais. Ele continuava a navegar pelos 07 mares, as vezes cruzava com o navio de Bucana Gil, outras vezes com Jack Sparrow e outros seres vindos de todas as partes do planeta...

Não demorou muito a chegarem Merube Doroleta e Honorido, os coelhinhos domesticáveis do casal e como a história termina? Não sei... só sei que foi assim!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Heróis...

Sempre achei que é muito peculiar do ser humano reclamar... Reclamar do trabalho, recalamar que tem limitações, reclamar que está cheio de dívidas, que deveria ganhar mais, reclamar que não trabalha porque não teve uma oportunidade... É isso é fato! Reclamar é próprio do ser humano! Eu mesma já fiz muito isso!
Mais ai você para e olha um pouco a sua volta e vê o quando seu sofrimento é insignificante perto do de algumas pessoas. Pessoas que talvez nem reclamam de sua condição....
Vemos exemplos de pessoas que não possuem as mãos e aprenderam a pintar e escrever com os pés, de pessoas que perderam tudo e conseguiram dar a volta por cima.
Ficar em nossa zona de conforto reclamando da vida é muito mais fácil que emfrentar nossos medos e limitações e provar a nós mesmos do que somos capazes!
Essas pessoas são os verdadeiros heróis, não aqueles dos quadrinhos e dos filmes com super poderes, mas sim pessoas normais com super força de vontade.
É mais fácil se lamentar que correr atrás...
É mais fácil olhar para a casa do vizinho com carro novo e dizer que ele teve sorte na vida, sem saber o quanto ele teve que batalhar até chegar lá!
Então vale a máxima, a vida é dura com quem é mole... Procure suas respostas dentro de você antes de culpar o mundo por suas desgraças.
Existe um mundo de oportunidades a nossa volta, as vezes só precisamos deixar de fazer o papel de vítima da sociedade e passarmos a ser os heróis de nossa própria vida!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

A diferença entre escutar e ouvir...

Tenho uma amiga com audição reduzida, mas isso para ela nunca foi um problema. Ela descobriu isso quando tinha aproximadamente 3 anos, quando começou a ir à escola, mas seus pais a criaram como uma criança normal e talvez isso tenha feito toda a diferença...
Hoje ela tem um pouco mais de 20 anos e voltou a usar aparelho auditivo, assim passou a ouvir sons que para ela antes não existiam, o som do teclado do computador, a seta do carro, os passos no chão, para ela foi uma redescoberta ou melhor foi a descoberta de coisas tão presentes em nosso dia a dia e que ela não sabia que existia.
Com isso ela desenvolveu habilidades que nós que nos consideramos "normais" não temos, como fazer leitura labial, como ler e entender um olhar...
É, nós ouvimos sons o dia todo, mas não conseguimos percebê-los, não por problemas de audição, mas por problema de falta de sensibilidade.
Não ouvimos as lágrimas silenciosas de nossos melhores amigos, não ouvimos as gargalhadas soltas ao vento em uma tarde de verão, não ouvimos o bom dia de nosso vizinho, não ouvimos a canção que toca nosso coração e nos faz dançar na melodia da leveza e da doçura.
Os sons fazem parte do nosso dia a dia, mas estamos ocupados demais para prestar atenção neles e na medida em que os anos vão passando vamos ouvindo cada vez menos...
Então deixe de escutar e passe a ouvir.... Isso faz toda a diferença... Escutar todos escutam, ouvir é para poucos!