quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Conversando com as estrelas


Passos lentos pela estrada enquanto eu e as estrelas conversávamos sorrateiramente, contei a elas sobre as angustias, os dias frios, as noites escuras e que as vezes sinto medo!
Perguntei a elas para onde tinha ido a garota saltitante do sorriso fácil, para onde tinha ido a mulher forte e batalhadora que não se deixava abalar nem mesmo pelas tempestades ou pelo vento sombrio...
Me responderam elas, que a garota saltitante continua dentro de mim, talvez a espera da primavera e da brisa das noites de verão, que vem para refrescar a alma. Me responderam elas que a mulher forte e batalhadora tem se escondido atrás de fantasmas e desculpas e que sou a única pessoa que poderá resgatá-la...
Esta noite coloquei minha rede na varanda e repousei sob o brilho das estrelas enquanto sentia a brisa suave de um dia de calor em pleno inverno.
O céu estava coberto de estrelas, o que não é muito comum por aqui, pareciam códigos que pela primeira vez pude decifrar...
Quando se fala nas entrelinhas e tudo fica subentendido damos margem as mensagens dúbias e a imaginação decide o que fará daqueles pequeninos códigos verbais.

domingo, 25 de setembro de 2011

Canção das mulheres

Hoje tomo emprestadas as palavras de Lya Luft...

Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.

Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.

Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.

Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.

Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.

Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.

Que o outro sinta quanto me dóia idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.

Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''

Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.

Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.

Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.

Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.

Lya Luft

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Insano...

Acho que esse mundo está se tornando insano demais pra se viver dentro dele...
Ou seria a minha insanidade que não cabe mais dentro deste mundo?

Troca um agendamento por um contato?


Poderiamos trocar um agendamento por um contato?
Um contato por um cinema? Um cinema com pipoca... Um cinema abraçadinho... Um filme engraçado...
A princesa e o plebeu! Se fosse em Londres seria um passeio romântico com um "Routemaster", na cidade mais londrina do país, um passeio de bi-articulado, rs
Qual o seu castelo moça? O terceiro...
O beijo típico em frente a casa da mocinha e a dificuldade em dizer tchau... ele sai os dois olham pra trás e aquela vontade de voltar...
Ah essas comédias românticas... Adoro!!!!!!!

sábado, 17 de setembro de 2011

Descobri...


Então descobri, que existem certas coisas que odeio em algumas pessoas porque sou ou hajo da mesma maneira, e que odeio isso nos outros porque é exatamente o que gostaria de mudar em mim...
Que a maneira como você cria os seus filhos irá refletir no que eles serão no futuro, mas do que é possível se imaginar...
Descobri que existem coisas que eu não gosto, mas que se eu tentar conviver amigavelmente com elas isso pode se tornar mais ameno...
Que devo ter muito cuidado com o que quero e desejo fortemente, porque isso irá se tornar real e o que farei quando tiver isso em mãos?
Descobri que laços de amizades podem ser muito fortes, mas ao mesmo tempo, frágeis como um cristal e que uma simples atitude pode mudar tudo...
Descobri que tenho dificuldade em perdoar e passei a admirar quem consegue fazer isso, mas talvez seja porque levo mais tempo para digerir o que acontece e acabo sofrendo com isso...
Descobri que não se deve adentrar um coração se não tiver a intensão de amá-lo...
Descobri que coisas ditas nas entrelinhas muitas vezes podem complicar as coisas ao invés de trazer entendimento, portanto se você tem algo a dizer, seja objetivo...
Descobri que pessoas inteligentes, têm dificuldade de expressar seus sentimentos...
Descobri que posso ser muito valente, mas há coisas sob as quais me torno covarde, devo evitar olhá-las de frente se não as posso enfrentar...
Descobri que aventuras são aventuras, não podemos esperar delas mais do que um friozinho na barriga...
Descobri que complicamos o que poderiamos simplificar...
E descobri que viver é descobrir-se dia a dia...

terça-feira, 13 de setembro de 2011

...

Você sabe exatamente o que quer da vida, o problema é que todos os fatores são extrínsecos a sua vontade...

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Será???


Será que há loucura sana?
Será que há formula mágica para a felicidade?
Será que o que impossível é o que realmente nos atrai?
Será que a graça da vida está nas pequenas coisas?
Será que o amor só é grande se for triste?
E mesmo sendo ele triste, será que ele está mais perto de nós do que imaginamos?
Será que a grama do vizinho é realmente a mais verde?
Será que quando julgamos alguém estamos realmente prestando atenção em nosso telhado de vidro?
Será que as verdadeiras amizades permanecem mesmo a longas distâncias?
Será que ao entrarmos em uma relação pensando “no eterno enquanto dure” não estaríamos já colocando nela um ponto final?
Será que os dispostos se atraem enquanto os opostos se distraem?
Será que é preciso partir, para aprender o quanto é importante ficar?

E o que será do mundo daqui a dez anos? Daqui a 50?
Como se comportarão as gerações Z, Alfa, Beta, Gama???
Seremos velhos chatos, inteligentes e solitários?
Será que muita inteligência gera solidão associada a livros, teses, gatos, cafés e cigarros?
Talvez não haja respostas certas ou erradas, talvez não haja nem mesmo respostas... Apenas uma vida como um folha solta ao vento...
(Participação especial da Day ao som de Mika - Happy Ending).

sábado, 3 de setembro de 2011

Do contra...


Então eu fui taxada de anormal, exceção à regra, fora do padrão, do contra...
Porque eu ouço Norah Jones, Ricardo Arjona, Drexler, Laura Pausini...
Porque casamento não faz parte dos meus sonhos...
Porque gosto das regras de etiqueta...
Porque acho que conhecer pessoas que não irão agregar nada à minha vida é algo que não faz sentido pra mim...
Porque muitas vezes prefiro o silêncio do meu quarto e a companhia de um bom livro à uma balada com os amigos?
Porque eu e minha irmã conversamos ao telefone, sobre crise econômica, política, metodologia de ensino?
Porque me apaixono apenas por homens inteligentes e cultos?
Porque odeio café, mas amo um café gelado com chantily e sorvete de menta?
Porque minhas realizações pessoais são estudar.... estudar e estudar... dar aula em faculdade e abrir um café/livraria com minha irmã?
Porque quando estou com minha família (pai, mãe e irmã) não queremos ninguém por perto... Esse momento é apenas nosso... PONTO!
Porque analiso o comportamento e as reações das pessoas sem ter feito psicologia...
Porque não consigo me expressar falando, mas as palavras fluem quando escrevo...
Porque assisto o Boris Casoy antes de dormir e não assisto novelas...
Porque não assisto Pânico na TV porque banaliza e fere a dignidade humana....
Porque tudo que é rotina me cansa...
Porque pessoas fúteis me cansam... Porque assuntos fúteis me cansam...
OK sou anormal.... Mas já parou pra pensar que sou feliz assim? Sorte que ainda existem alguns anormais como eu soltos no mundo... assim posso conversar com eles de vez em quando e me sentir um pouco menos anormal, no entanto ainda mais... do contra, rs...